Bart vs. The World é o oposto de Bart vs. The Space Mutants. No jogo dedicado ao combate contra alienígenas, a primeira fase, cheia de referências e boas ideias, demonstra um potencial que não é seguido pelo restante do jogo, sem graça e monótono. Já Bart vs. The World, objeto dessa análise, possui um primeiro mundo vazio e desinteressante, que contrasta com o restante da aventura, mais vivo e detalhado. Essa oposição, no entanto, nada interfere no quesito da qualidade de ambos, bem inferiores aos jogos de sua época.

Ao jogar Bart vs. The World pela primeira vez, confesso que fiquei tentado a abandoná-lo logo no início. Foi necessária uma generosa dose de persistência, e uma olhada no que me aguardava nas partes mais avançadas do jogo no YouTube, para que eu decidisse continuar nessa aventura simpsoriana. Se foi uma boa ideia eu não sei, já que a ligeira melhora visual não é refletida em nenhuma outra faceta do jogo.
Do que se trata Bart vs. The World?
Bart foi o feliz ganhador de um concurso no programa de seu palhaço favorito, Krusty. O prêmio lhe dá a oportunidade de participar de uma caça ao tesouro ao redor do mundo, tudo patrocinado pelo Sr. Burns. Mas o que Bart não sabia é que o concurso foi manipulado por Smithers para que Burns dê um fim em toda aquela família amarela que tantos transtornos já causaram para ele e sua amada usina nuclear.
É claro que o filé de borboleta do Sr. Burns não conseguiria resolver a questão com seus próprios punhos. Para essa empreitada, ele conta com a ajuda de alguns familiares distantes que tornarão o tour de Bart pelo mundo uma aventura bastante perigosa.
Jogando
Bart vs. The World é uma mistura de gêneros contidas em um só jogo, embora tenha a porção de plataforma como a estrela principal do conjunto. Cada uma das quatro localidades visitadas por Bart é dividida em cinco desafios, como quebra-cabeças, perguntas e respostas sobre a série de TV, jogo da memória e outros. Todos eles são bem simplórios e a repetição cansa rapidamente o jogador. Ao completar todos os desafios de uma localidade, um chefe parente do Burns deve ser enfrentado.

O primeiro país visitado por Bart é a China, e se a primeira impressão é a que fica, ela não será muito boa. O primeiro desafio de plataforma realizado em um barco é muito simples. O visual é monótono ao extremo. O pouco desafio oferecido pelo estágio inicial deixa dúvidas sobre o público-alvo do jogo. Algum alento é conseguido no desafio de skate nas grandes muralhas, similar à fase das motos de Battletoads (similar na mecânica, mas não na dificuldade). Mas qualquer esperança é derrubada pelos desafios de quebra-cabeça e jogo da memória, que são chatos ao extremo.
As próximas fases no Polo Norte, Egito e Hollywood são mais bonitas, maiores e com desafios interessantes, porém ainda estão aquém do que se espera de um bom jogo. Destaque para os desafios em Hollywood, com seções de plataforma mais elaboradas e diversas. É sem dúvida o melhor momento do jogo.

Mas, mesmo com essa melhora no final, o saldo de Bart vs. The World é negativo. Jogue apenas se estiver interessado em experimentar e conhecer todos os jogos do passado da franquia Simpsons.
Bart vs. The World
Desenvolvido por Arc Developments
Publicado por Flying Edge
Jogado via emulador de Master System
Não disponível em plataformas atuais.