by Aos mais versados nas histórias dos Simpsons, Bartman é um personagem bem conhecido. Alter ego de Bart, Bartman surgiu quando a família Simpson foi visitar uma convenção de quadrinhos. Na entrada, um desconto era dado para todos aqueles que estivessem fantasiados. Bart não pensou duas vezes. Foi a uma cabine telefônica e de lá saiu como Bartman. Como tudo dos Simpsons nos anos 90, Bartman tornou-se querido instantaneamente.
E O sucesso De Bartman não ficou restrito ao programa de televisão. Entre 1993 e 1995, Bartman estrelou uma série em quadrinhos publicadas nos Estados Unidos pela Bongo Comics. Em suas seis edições, Bartman usa seus poderes de escalar paredes, planar e também um gancho multiuso para combater o crime em Springfield. Tamanho o sucesso da série, obviamente o personagem acabou chegando aos consoles com Bartman Meets Radioactive Man.
Todo herói tem seu herói
Bart, quando não está transformado em Bartman e salvando Springfield dos perigos, é uma criança normal. Passa trotes no bar preferido de seu pai, inferniza a vida do diretor do colégio e prega inúmeras peças em sua irmã. E como toda criança, tem seus ídolos e heróis. Os de Bart são Krusty e Radioactive Man. O foco de Bart Meets Radioactive Man fica óbvio pelo título.
Em uma noite qualquer, Bart recebe a visita inesperada de Fallout Boy, o parceiro de Radioactive Man. Ele comunica Bart que seu companheiro foi sequestrado e está sendo mantido em cativeiro por três vilões. E o pior, todos os seus poderes foram roubados e ele precisa desesperadamente de ajuda. Para voltar à normalidade, o mundo dos quadrinhos agora depende de Bart. Ou melhor, de Bartman.
Tentou, mas falhou
Em minha jornada para jogar os jogos da franquia Simpsons nos consoles, Bartman Meets Radioactive Man é, até então, o que mais se destacou, embora ainda esteja muito aquém de um bom jogo. Infelizmente, os Simpsons não são conhecidos por terem bons jogos. O jogo mais badalado da família amarela é The Simpsons Hit & Run, que seria lançado anos depois, mas isso é história para outro dia.
Quanto a Bartman Meets Radioactive Man, no quesito visual o jogo é um misto de satisfação e decepção. Os cenários são detalhados e criativos, dando uma atmosfera crível para a aventura de Bartman. Toda a preocupação dada aos cenários, entretanto, é prejudicada pelas cores que confundem um pouco as coisas para o jogador. E não é algo que se possa colocar a culpa no NES, que possui inúmeros exemplos de jogos coloridos, mas não confusos como Bartman Meets Radioactive Man.
Esse problema das cores é perceptível logo na primeira fase, que se passa em um ferro velho. Cheio de detalhes, como pilhas de pneus, montanhas de metais e guinchos, as cores não valorizam o cenário. O verde e o marrom que predominam não ajudam o jogador no entendimento do que deve ser feito, pois Bartman se confunde com tudo a sua volta. E esta não é a falha principal do jogo, visto que é amenizada em certas partes e pode até ser ignorada por alguns jogadores.
A dificuldade característica dos outros jogos da série volta a ser um problema, pois não é justa. A maior parte dela vem do complicado controle de Bartman. Seus pulos são rígidos, qualquer pequena falha no tempo de apertar o botão ou na mudança de direção leva Bartman à morte. Isso porque em certos momentos você precisa dar um pulo cego rumo ao desconhecido, já que dependendo da altura em que Bartman se encontra no cenário, não é possível visualizar o chão da fase. Algo que se ameniza apenas à medida que o jogador repete a fase e memoriza os locais perigosos.
Esse quesito continua a ser a principal falha do jogo na segunda fase. Nela são exigidos pulos entre plataformas que necessitam uma dose de precisão que não é facilitada pelos controles falhos do personagem. Essa falta de refinamento também atrapalha o combate conta os inimigos ao longo do caminho. É difícil encontrar o ponto correto para alvejá-los com seus tiros de raios, já que a maioria deles não estão na linha de tiro do chão. E nem cito o golpe padrão de chutes e socos porque, além de difícil acerto, não causam quase nenhum dano.
Finalizando, Bart Meets Radioactive Man é mais um jogo licenciado que vai agradar apenas os fãs mais hardcore da franquia Simpsons. Mistura boas ideias com péssima execução.
Bart Meets Radioactive Man
Desenvolvido por Imagineering
Publicado por Acclaim
Jogado via emulador de NES
Não disponível em plataformas atuais.
